terça-feira, 24 de janeiro de 2012

2012 (5) - SE Palmeiras



Dos grandes de São Paulo, o que menos investiu. Tempos de crise política e vacas magras, como há tempos não se via no Palmeiras. É assim que a equipe palestrina começa 2012.


A aposentadoria do goleiro pentacampeão Marcos, antes da temporada começar, dá mostras que a exigente torcida palmeirense vai ter que ir em busca de um outro ídolo para essa nova fase. Certamente não será alguém tão identificado com o clube, sincero e boa praça como o ex-goleiro. Mas a torcida precisa urgentemente encontrar uma referência em campo. Algo que, aliás, faltou em 2011.



Luiz Felipe Scolari, renomado treinador com uma farta história de títulos pelo clube, voltou ao Palestra Itália no início de 2011 com a missão de dar ao Palmeiras tempos de glória, como aqueles vividos no fim da década de 1990 pelo próprio treinador. Todavia o ano foi muito conturbado, com diversas crises entre o treinador, a diretoria e seus comandados. Depois de discussões via imprensa com o técnico, o atacante Kléber saiu rumo ao Grêmio antes mesmo do fim da temporada. Depois de um bom primeiro turno de Campeonato Brasileiro, a equipe caiu vertiginosamente de rendimento e terminou a competição apenas no meio da tabela, sem ao menos uma vaga na Libertadores. Isso sem falar nos fiascos do primeiro semestre, que foram a eliminação do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil, com uma goleada sofrida para o Coritiba.



Entretanto, o polêmico treinador espera mudar esse quadro negativo ainda no primeiro trimestre, conquistando o Campeonato Estadual. Mesmo com poucos e modestos reforços, a experiência e a fama de armar bons times dão ao treinador esperanças que a equipe possa surpreender neste ano.



Além da aposentadoria de Marcos e da saída de Kléber, o clube ainda perdeu o volante Rivaldo, que foi para o Sport (PE) e o lateral-esquerdo/meia Gabriel Silva, negociado com a Udinese (ITA). Para recompor estas peças a equipe trouxe o lateral-esquerdo Juninho, um dos destaques do surpreendente Figueirense na temporada passada, e o meia Daniel Carvalho, vindo do Atlético/MG, trocado com o volante Pierre. 



O Palmeiras também foi ao mercado sul-americano para reforçar seu plantel: da Argentina trouxe o zagueiro Adalberto Román, ex-River Plate (ARG), e do Equador veio o atacante Hernán Barcos, ex-LDU (EQU). A diretoria segue em busca de reforços, mas com o orçamento voltado para as obras da Arena Palestra, fica difícil fazer leilões com jogadores mais conhecidos. 





No gol, Deola assume a responsabilidade de fazer a torcida esquecer o ídolo Marcos. Na zaga Henrique e Thiago Heleno vão tentar ser mais regulares que em 2011. No meio, a precisão das bolas paradas de Marcos Assunção e o talento de Valdívia serão as armas mortais do time. No ataque, a velocidade pelos flancos de Luan vai tentar compensar a falta de mobilidade do centro-avante, quer seja ele Ricardo Bueno ou Barcos.


Diante de um cenário de incertezas e apostas, a SE Palmeiras começa a temporada um pouco atordoada. Terá Felipão o antídoto para tudo isso? O ano de 2012 promete para o torcedor palmeirense. Dentro e fora das quatro linhas.

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