sábado, 28 de janeiro de 2012

2012 (6) - Cruzeiro EC


O ano de 2011 não ficará na memória do torcedor cruzeirense. De uma equipe que muito prometia no primeiro semestre, tendo conquistado inclusive o título estadual, a equipe teve um Campeonato Brasileiro sofrível, de onde se livrou da zona de rebaixamento apenas nas últimas rodadas. Algo incomum para um time que desde 2003 estava acostumado a brigar na primeira página da tabela de classificação.

Para não repetir os mesmos erros de 2011, a nova diretoria cruzeirense aposta em uma equipe com reforços menos badalados, com um perfil diferente. O time do técnico Vágner Mancini vai apostar em um time com mais "pegada" nesta temporada, onde a transpiração vai ser a tona da equipe. Com a permanência do destaque da equipe, o meia Montillo, incerta, algumas soluções têm sido especuladas caso a sua saída (improvável, mas não pode ser descartada ainda) realmente aconteça.


Para a atual temporada foram contratados poucos reforços. Destaques para os cabeças-de-área Rudnei, ex-Ceará, Amaral, ex-América-MG e Marcelo Oliveira, ex-Atlético/PR. Para a lateral-direita chegou Jackson, revelado pelo São Paulo e que estava no Dallas FC, dos EUA. Na esquerda, Gilson ex-Grêmio vem para a vaga que era de Diego Renan, que deve lutar por posição com Jackson no lado oposto. 



O único reforço que talvez possa empolgar a torcida azul é o meia colombiano Diego Arias, que se destacou em 2010 jogando pelo Once Caldas (COL), e passou os dois últimos anos no futebol grego. Ele pode ser o substituto de Montillo em um futuro próximo.



Nos dois primeiros amistosos do ano (A derrota para o América/MG por 3 a 2 e a vitória sobre o Mamoré por 2 a 1), Vágner Mancini colocou em campo quase o mesmo time, porém com formações diferentes. Provavelmente a formação utilizada contra o Mamoré, com um meio campo mais pegado, deve ser a escolhida para a estreia no Campeonato Mineiro, na próxima semana.


Contra o América, a formação usada era a que contava com dois meias, e pode ser útil se houver uma forte marcação a Montillo, por exemplo. Neste caso, ou Arias ou Roger auxiliariam o argentino na criação. Todavia, os volantes Leandro Guerreiro e Marcelo Oliveira ficariam sobrecarregados, e os laterais não teriam tanta liberdade para avançar.


Cruzeiro EC 4-4-2 football formation

Já na partida diante do Mamoré, Vágner Mancini sacou Arias e colocou Amaral em seu lugar, fazendo que o 4-4-2 clássico se transformasse em um 4-3-1-2. Marcelo Oliveira e Amaral auxiliam tanto a marcação quanto a formação, além de darem cobertura à subida dos laterais. Wellington Paulista jogou mais recuado pela esquerda, marcando a subida do lateral adversário, assim como Anselmo Ramon pela direita.

Cruzeiro EC 4-4-2 football formation

Se conseguir segurar Montillo, com uma equipe aplicada taticamente e jogando para o meia argentino, o Cruzeiro de 2012 poderá incomodar, e bastante. Se Montillo se for, as coisas podem se complicar, e muito. A sua permanência certamente será o grande reforço dessa temporada.


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Copinha


Na última quarta-feira, dia 25, a equipe sub-18 do Corinthians (SP) venceu a equipe da mesma categoria do Fluminense (RJ) e se sagrou octacampeão da Copa São Paulo de Juniores. 

A partida terminou com o placar de 2 a 1 para a equipe paulista, que venceu o embate com ambos os gols marcados pelo zagueiro Antônio Carlos. De todas os clubes que disputaram a competição, somente o Corinthians obteve 100% de aproveitamento durante a competição, feito raríssimo em toda a história da Copinha.

A equipe jogou toda a competição no esquema 4-2-3-1, com Douglas isolado no ataque. No meio campo o talento do habilidoso meia Matheus (Matheusinho) era responsável pelo ímpeto ofensivo da equipe. A saída de bola da defesa para o ataque era feito pelos rápidos laterais Denner e Cristiano, além do excelente cabeça-de-área Gomes. Com essa formação, a equipe comandada por Narciso conseguiu 7 vitórias em 7 jogos. 

SC Corinthians Paulista 4-2-3-1 football formation


Com o iminente sucesso dos garotos da Copa São Paulo, muitos deles deverão ter chances no time profissional. Alguns deles já estão sendo observados com  bons olhos pelo técnico Tite, casos do lateral-esquerdo Denner, do meia Matheus, do zagueiro Marquinhos, do volante Gomes, dentre outros. De todos esses campeões, talvez um ou dois realmente vinguem no futebol profissional. Mas de uma coisa todos eles podem ter certeza: já fizeram história com o time do Parque São jorge!

E assim é feito o mundo do futebol: os jogadores passam, as histórias ficam. E os seus esquemas táticos vêm para o nosso blog, para o delírio dos blogueiros.

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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

2012 (5) - SE Palmeiras



Dos grandes de São Paulo, o que menos investiu. Tempos de crise política e vacas magras, como há tempos não se via no Palmeiras. É assim que a equipe palestrina começa 2012.


A aposentadoria do goleiro pentacampeão Marcos, antes da temporada começar, dá mostras que a exigente torcida palmeirense vai ter que ir em busca de um outro ídolo para essa nova fase. Certamente não será alguém tão identificado com o clube, sincero e boa praça como o ex-goleiro. Mas a torcida precisa urgentemente encontrar uma referência em campo. Algo que, aliás, faltou em 2011.



Luiz Felipe Scolari, renomado treinador com uma farta história de títulos pelo clube, voltou ao Palestra Itália no início de 2011 com a missão de dar ao Palmeiras tempos de glória, como aqueles vividos no fim da década de 1990 pelo próprio treinador. Todavia o ano foi muito conturbado, com diversas crises entre o treinador, a diretoria e seus comandados. Depois de discussões via imprensa com o técnico, o atacante Kléber saiu rumo ao Grêmio antes mesmo do fim da temporada. Depois de um bom primeiro turno de Campeonato Brasileiro, a equipe caiu vertiginosamente de rendimento e terminou a competição apenas no meio da tabela, sem ao menos uma vaga na Libertadores. Isso sem falar nos fiascos do primeiro semestre, que foram a eliminação do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil, com uma goleada sofrida para o Coritiba.



Entretanto, o polêmico treinador espera mudar esse quadro negativo ainda no primeiro trimestre, conquistando o Campeonato Estadual. Mesmo com poucos e modestos reforços, a experiência e a fama de armar bons times dão ao treinador esperanças que a equipe possa surpreender neste ano.



Além da aposentadoria de Marcos e da saída de Kléber, o clube ainda perdeu o volante Rivaldo, que foi para o Sport (PE) e o lateral-esquerdo/meia Gabriel Silva, negociado com a Udinese (ITA). Para recompor estas peças a equipe trouxe o lateral-esquerdo Juninho, um dos destaques do surpreendente Figueirense na temporada passada, e o meia Daniel Carvalho, vindo do Atlético/MG, trocado com o volante Pierre. 



O Palmeiras também foi ao mercado sul-americano para reforçar seu plantel: da Argentina trouxe o zagueiro Adalberto Román, ex-River Plate (ARG), e do Equador veio o atacante Hernán Barcos, ex-LDU (EQU). A diretoria segue em busca de reforços, mas com o orçamento voltado para as obras da Arena Palestra, fica difícil fazer leilões com jogadores mais conhecidos. 





No gol, Deola assume a responsabilidade de fazer a torcida esquecer o ídolo Marcos. Na zaga Henrique e Thiago Heleno vão tentar ser mais regulares que em 2011. No meio, a precisão das bolas paradas de Marcos Assunção e o talento de Valdívia serão as armas mortais do time. No ataque, a velocidade pelos flancos de Luan vai tentar compensar a falta de mobilidade do centro-avante, quer seja ele Ricardo Bueno ou Barcos.


Diante de um cenário de incertezas e apostas, a SE Palmeiras começa a temporada um pouco atordoada. Terá Felipão o antídoto para tudo isso? O ano de 2012 promete para o torcedor palmeirense. Dentro e fora das quatro linhas.

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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

2012 (4) - Santos FC


O ano de 2011 foi muito proveitoso para os comandados de Muricy Ramalho. Apesar da derrota na final do Mundial Interclubes, a temporada foi extremamente positiva. O título da Libertadores da América e a permanência de Neymar no clube foram os momentos de ápice em uma temporada vitoriosa. Em virtude da disputa do Mundial Interclubes da FIFA, em dezembro, a equipe da baixada santista entrou de férias depois dos outros clubes brasileiros. 


Por conta dessas férias "atrasadas", a equipe principal vai estrear no Campeonato Paulista com algumas semanas de atraso. Enquanto isso, nas primeiras rodadas, como no empate contra o XV de Piracicaba, os suplentes darão conta do recado.



A equipe que jogou os dois jogos do Mundial deve ser a base do time titular para 2012. Se Muricy Ramalho quiser contar com 3 zagueiros, Bruno Rodrigo ocupa a vaga de Elano, tirando um homem no meio. Entretanto, o treinador deve utilizar com mais frequência o já famoso 4-4-2, com Elano no meio e 2 zagueiros centrais. 



Na clássica formação, Rafael será o titular no gol por mais um ano. Na zaga, a experiente e contestada dupla Edu Dracena e Durval deve seguir firme na temporada. Apesar de contar com Léo na esquerda, o clube ainda segue em busca de um substituto para Danilo, lateral-direito negociado com o Porto(POR). Fucile,  titular da seleção uruguaia, chegou para a posição, e deve ser o titular, deixando Maranhão no banco. No meio, Arouca e Henrique protegem os zagueiros e saem para o jogo, enquanto os talentosos meias Elano e Paulo Henrique Ganso municiam o ataque do time. Ataque que, aliás, dispensa comentários. Borges foi o artilheiro do último Campeonato Brasileiro, e vive ótima fase, e Neymar... bom, o que falar dele? Estrela da seleção brasileira, Melhor Jogador das Américas de 2011, Gol Mais Bonito de 2011... acho que já é um bom cartão de visitas deste ainda jovem atacante.



Jogando com 3 zagueiros, Edu Dracena sobra, enquanto Bruno Rodrigo pela direita, e Durval pela esquerda, dão o combate. Arouca e Henrique podem sair mais para auxiliar Ganso, solitário na armação. No ataque, a velocidade e o oportunismo de Borges e a já conhecida habilidade de Neymar se completam. Essa formação pode ser uma boa saída para os jogos fora de casa, onde a velocidade dos alas e dos atacantes é necessária para surpreender a zaga adversária. 



A equipe santista ainda conta no banco de reservas com atletas de alto nível, como o volante Adriano, que começa a temporada contundido, o meia Ibson, e os atacantes Rentería e Alan Kardec, dentre outros. O ala-esquerdo Gérson Magrão, com passagens por Flamengo e Cruzeiro, também deve ser mais um desses reservas de luxo. Um dos principais favoritos ao Campeonato Paulista e do bi da Taça Libertadores, sem sombra de dúvidas será uma dor de cabeça aos adversários nesta temporada.


Receita conhecida e já consagrada: eis o Santos de 2012. Em ano de centenário, a equipe quer levar todos os canecos possíveis. Será que levam?



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2012 (3) - São Paulo FC





A temporada 2012 finalmente começou para valer. Neste fim de semana (22 e 23 de Janeiro) os principais campeonatos estaduais do Brasil se iniciaram, com destaque para os estaduais do Rio e de São Paulo, onde os times considerados grandes fizeram valer as suas tradições e venceram as suas partidas. 



No Campeonato Paulista, a equipe do São Paulo Futebol Clube estreou vencendo o Botafogo (SP) por 4 a 0, e parece ter reencontrado o bom futebol de temporadas anteriores, que faltou na reta final do último Campeonato Brasileiro. O time treinado por Emerson Leão parece ter começado a temporada com uma formação sólida e segura, principalmente com a chegada de reforços.

Por falar em reforços, vale ressaltar quem chegou e quem deixou o CT de Cotia nesta virada de ano: 

Quem saiu:O polivante Carlinhos Paraíba foi emprestado para o Omiya Ardija (JAP); Jean e Tiago Carleto também foram emprestados, só que para o Fluminense (RJ); Xandão foi para o Sporting FC (POR); o experiente meia Rivaldo não teve o contrato renovado e rumou para o desconhecido futebol angolano; o meia Marlos foi negociado com o Metalist (UCR). Isso tudo além do atacante Dagoberto, que com um pré-contrato assinado com o Internacional (RS), deixou a equipe são-paulina. Quem também deve sair é o lateral-esquerdo Juan, preterido por Emerson Leão na atual temporada. 

Quem chegou: O zagueiro Edson Silva veio do Figueirense (SC), assim como o meia Maicon; o também zagueiro Paulo Miranda, do Bahia, também chegou. Os principais reforços da equipe para a temporada foram o lateral-esquerdo Bruno Cortês, ex-Botafogo, o volante Fabrício, ex-Cruzeiro, e o meia Jadson, do Shaktar Donetsck (UCR), constantemente convocado para a seleção brasileira. O clube ainda busca um companheiro para Luís Fabiano no ataque. 



A equipe base do São Paulo durante o primeiro semestre deve ser a mesma que estreou no Campeonato Paulista, somados ao goleiro Rogério Ceni, lesionado, e o meia Jadson, ainda sem data para estrear.



No gol, a segurança e a experiência de Rogério Ceni dão o ritmo da defesa, que conta com os rápidos e habilidosos Piris e Cortês nas laterais. No meio, Wellington e Denílson combatem os meias adversários, enquanto o meia Cícero (ou Jadson)  é o responsável pela criação. No ataque, Lucas e Fernandinho jogam abertos pelas pontas, enquanto Luís Fabiano joga centralizado. 



Cheio de reforços e muitas apostas, os são paulinos podem ter bons motivos para comemorar nesta temporada. Tudo vai depender da competência de seu comandante e da capacidade de seus atletas. Vale a pena conferir.

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domingo, 22 de janeiro de 2012

Clássicos (3)






Equipe: CR Vasco da Gama
Ano: 1997
Competição: Campeonato Brasileiro
Técnico: Antônio Lopes
Plantel: Carlos Germano; Válber, Odvan, Mauro Galvão e Felipe; Nasa, Luisinho, Juninho e Ramon; Edmundo e Evair

A seção Clássicos de hoje vai falar de uma equipe especial para os torcedores cruzmaltinos, principalmente os com mais de vinte anos: o time campeão brasileiro de 1997. Apesar daquela equipe não possuir muitos jogadores talentosos, ela tinha muitos jovens e voluntariosos atletas, que ajudaram o clube da Colina Histórica a sagrar-se tricampeão brasileiro (antes de 1997, o Vasco já tinha sido campeão em 1974 e 1989) e entrar para a história do futebol brasileiro.

Naquele ano Edmundo, o camisa 10 vascaíno, marcou 29 gols em 33 partidas, quebrando o recorde de Reinaldo no Campeonato Brasileiro de 1977 (28 gols) e se tornando o maior artilheiro em Campeonatos Brasileiros até aquele momento. Outro recorde também foi batido por Edmundo naquele campeonato: o de gols marcados em uma mesma partida. No jogo contra o União São João (SP), em São Januário, o atacante vascaíno balançou as redes adversárias por 6 vezes. Era um ano especial para o “animal”, que estava no auge da sua carreira, além de jogar em um time que tinha os jovens Juninho e Ramon no meio-campo e o experiente e já conhecido ex-companheiro de Palmeiras, Evair, no ataque.

Apesar de não ser um time brilhante e até hoje pouco badalado, o Vasco dominou aquela competição de ponta a ponta. Terminou a fase de classificação em primeiro lugar com 54 pontos. Na segunda fase, que consistia em um quadrangular em dois grupos onde as equipes campeãs se classificavam para a final, foram quatro vitórias e dois empates em seis partidas, ficando em primeiro lugar do seu grupo com 14 pontos, seis a mais que o segundo colocado, o rival Flamengo, passando assim para a grande final.

Nas finais a equipe de São Januário empatou por duas vezes com o Palmeiras (ambos jogos em 0 a 0; um no Morumbi, e outro no Maracanã) e sagrou-se campeão brasileiro daquele ano. 



Aquele time, treinado por Antônio Lopes, possuía interessantes soluções táticas. O treinador, que não confiava no jovem e inconstante Maricá, improvisava o já veterano volante Válber na lateral-direita, fazendo-se por muitas vezes de um terceiro zagueiro, permitindo assim a subida do jovem e habilidoso Felipe pela esquerda. Odvan e Mauro Galvão formavam a dupla perfeita na zaga: a experiência de Galvão completava o ímpeto de Odvan. No meio, Nasa e Luisinho seguravam o piano, permitindo que Ramon e Juninho criassem as jogadas de ataque. No banco, a equipe ainda contava com o habilidoso meia Pedrinho, o oportunista centro-avante Luiz Cláudio, o experiente Sorato, dentre outros tantos atletas daquele plantel.



Certamente os torcedores da equipe de São Januário relembraram bons e doces momentos daquela equipe que fez história na segunda metade da década de 1990. E você, leitor amigo? Tem alguma equipe que você gostaria de relembrar aqui? Conte para a gente, e nos siga no twitter: @blogpranchetatatica

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Clássicos (2)




Equipe: CR Flamengo
Ano: 1990
Competição: Copa São Paulo de Futebol Júnior
Técnico: Ernesto Paulo
Plantel: Adriano; Mário Carlos, Tita, Júnior Baiano e Piá; Fabinho, Marquinhos (Fábio Augusto), Djalminha e Marcelinho Carioca (Rodrigo); Nélio e Paulo Nunes (Luiz Antônio).

Janeiro é mês de férias, principalmente quando ainda se é jovem e se está na escola, faculdade, cursinho ou afins. Geralmente neste mês os clubes ainda estão em pré-temporada, e a televisão fica órfã de competições entre clubes brasileiros. 

Isso ocorria até o ano de 1969, quando a  Prefeitura da Cidade de São Paulo criou a Taça São Paulo de Juniores. Em 1971 o torneio passa a ter a participação dos maiores clubes do país. Anos mais tarde a competição passou a ser gerida pela Federação Paulista de Futebol (FPF) e veio a se tornar a Copa São Paulo de Futebol Júnior, uma competição da qual  os jogadores que ainda não fazem parte do elenco profissional de seus clubes possam mostrar seu futebol aos quatro cantos do Brasil. A final da competição sempre ocorre no dia 25 de janeiro, aniversário da Cidade de São Paulo, e desde 1989, com algumas exceções, é disputada no Estádio do Pacaembu.


Diversos jogadores já foram revelados nos gramados da Copinha, desde lendas do futebol brasileiro, como Sócrates, até talentos recém formados dos nossos gramados, como Neymar e Paulo Henrique Ganso. Entretanto, talvez nenhum craque ou clube tenha brilhado tanto como a equipe do Flamengo, campeã da Copa São Paulo de 1990. Praticamente todos os jogadores titulares daquela equipe se tornaram profissionais do futebol, e serviram de base para a conquista do pentacampeonato brasileiro do clube da Gávea, em 1992, sob a batuta do maestro Júnior. 


A equipe jogava em um 4-4-2 clássico, com dois volantes e dois meias de criação (Djalminha e Marcelinho Carioca), enquanto o rápido ataque da equipe contava com o talento de Nélio e o oportunismo de Paulo Nunes. 




Das 11 partidas que a equipe rubro-negra realizou naquele campeonato, somou 6 vitórias, 3 empates e apenas 1 derrota. A vitória por 1 a 0 contra a Juventus (SP) veio a dar o primeiro título flamenguista da competição, fato este que só viria a se repetir 21 anos depois, em 2011. O autor do gol do título foi o zagueiro Júnior Baiano, que passou por diversos clubes do futebol brasileiro posteriormente, chegando inclusive a disputar uma Copa do Mundo, em 1998 na França. Outros jogadores desta equipe que se destacaram profissionalmente foram os meio-campistas Fábio Augusto, Marquinhos, Djalminha e Marcelinho Carioca, e os atacantes Nélio e Paulo Nunes.

Djalminha talvez tenha sido o jogador mais genial daquele elenco, com belos passes, arrancadas fortes e dribles precisos. A sua carreira como jogador foi de bastante êxito, inclusive com passagens pela Seleção Brasileira. Em 2002, quando defendia o La Coruña, da Espanha, se envolveu em uma confusão com o treinador da equipe e jogou fora a grande oportunidade da sua vida: a de disputar uma Copa do Mundo. Mesmo assim, teve uma belíssima carreira, cheia de títulos e passagens por grandes clubes brasileiros e europeus, assim como Paulo Nunes e Marcelinho Carioca.

Uma equipe repleta de craques vai ficar sempre na memória do torcedor rubro-negro. E você, leitor? Tem algum time que tenha ficado na sua memória? Ou é uma seleção? Escreva no nosso mural, deixe a sua opinião, que atenderemos prontamente o seu pedido!

2012 (2) - SC Corinthians Paulista



No último domingo, dia 15, o SC Corinthians Paulista realizou o seu primeiro jogo oficial do ano. Apesar de se tratar de apenas um amistoso no Estádio do Café, em Londrina, contra o Flamengo, foi a primeira oportunidade no ano para a torcida ver como Tite pretende montar a equipe visando o Campeonato Paulista e a Taça Libertadores da América.



Apesar de ter feito um bom primeiro tempo, vencendo a partida por 2 a 0, gols de Alex e Liédson, os reservas que foram a campo na segunda etapa deixaram o Flamengo empatar o jogo por 2 a 2. Resultado este que persistiu até o fim da partida.



Tite, o treinador corintiano, começou o amistoso com a mesma formação que terminou 2011 e conquistou o título brasileiro. Um 4-2-3-1, com dois jogadores fazendo o papel de pontas (Emerson pela esquerda e Danilo pela direita), fechando nas diagonais e se aproximando do único atacante da formação, Liédson. Alex fica por trás dos três homens armando o jogo e ditando o ritmo do time. Os bons volantes Ralf e Paulinho marcam e saem para o jogo. Na zaga, os já entrosados Paulo André e Leandro Castán formam uma dupla sólida e que não dá muitos sustos à torcida, assim como o goleiro Júlio César. Nas laterais, os inconstantes Alessandro e Fábio Santos ainda alternam grandes momentos com quedas de produção em campo.


Com a mudança da equipe, na segunda etapa, o treinador corintiano mostrou que tem em seu elenco boas peças de reposição, caso precise. Os atacantes Willian e Jorge Henrique, que durante grande parte da temporada 2011 foram titulares, são prova disso. O centro-avante Adriano, ainda fora de ritmo, pode ser um bom substituto para Liédson. No entanto, as peças de reposição defensiva, com exceção do ex-capitão e zagueiro Chicão, são uma incógnita. Os recém promovidos Nenê Bonilha, Edenílson e Willian Arão mostraram durante a partida que podem sim compor o elenco alvinegro em 2012, mas nem de longe serão a salvação da pátria corintiana.

Uma formação que pode ser bastante utilizada por Tite este ano é a que mostramos abaixo, com algumas mudanças na equipe titular. A entrada de Jorge Henrique na esquerda do ataque, e a de Willian na direita, com o Danilo recuado para o meio pode ser uma boa opção para jogos mais pegados na Libertadores, sobretudo os fora de casa, onde a equipe vai precisar da velocidade dos atacantes e da visão de jogo do meia para armar contra-ataques decisivos, e vencer partidas.


Por enquanto, não passa de mera especulação. Tentamos dar a vocês uma prévia de como a equipe da capital paulista pode jogar neste ano. E você, leitor, o que acha? Compartilhe a sua opinião com a gente!

2012 (1)








Enquanto o mundo não acaba, a temporada de 2012 do futebol brasileiro se reinicia lenta e preguiçosamente. Apesar da temporada européia já estar na sua segunda metade, aqui a pré-temporada de alguns clubes está se encerrando, e na maioria dos 27 estados da federação os Campeonatos Estaduais se iniciam no próximo fim de semana (Alguns, como o Pernambucano, já começaram!).

Observando isso, o nosso blog não poderia deixar o torcedor na mão (ou com a prancheta vazia!). Com o início de uma nova temporada, novos jogadores 
chegam e com isso possibilidades se abrem para que os treinadores armem 
suas equipes. Nesta seção iremos apresentar e discutir essas possibilidades, 
e como poderá ficar a sua equipe na temporada 2012.


Preparem-se, pois a temporada vai começar!

Clássicos (1)


Time: Seleção Brasileira
Ano: 1970
Competição: Copa do Mundo FIFA de 1970
Técnico: Mario Jorge Lobo Zagallo
Plantel: Félix; Carlos Alberto, Britto, Piazza e Everaldo; Clodoaldo e Gérson; Pelé, Rivelino, Jairzinho e Tostão.

O primeiro post da seção Clássicos faz uma homenagem à equipe que é considerada por muitos como a melhor time do século XX: a Seleção Brasileira de Futebol, na Copa de 1970, no México.

Zagallo, que assumiu a equipe apenas em 1970, depois da seleção já estar classificada para a Copa, mudou a maneira de jogar da equipe. Quando o time era dirigido por João Saldanha, durante as eliminatórias, Paulo César Caju era o centro-avante, enquanto Tostão era o reserva de Pelé. Piazza jogava no meio de campo, como cabeça de área. Além destas mudanças, Zagallo, alterou alguns poucos jogadores do elenco. Exemplo disso foi a entrada de Dario, o Dadá Maravilha no plantel brasileiro. 



Após meses de um árduo treinamento físico e técnico para aguentar a altitude da Cidade do México, o treinador brasileiro montou a equipe da seguinte maneira:





Essa formação, que não possuía um autêntico centro-avante, possuía outra curiosidade: era formada por nada mais nada menos do que cinco camisas 10. Gérson, Pelé, Rivelino, Tostão e Jairzinho eram os craques centrais das equipes por quais eles jogavam.

A equipe, que venceu as seis partidas daquele mundial, jogava em um 4-2-4 disfarçado. Everaldo, o lateral esquerdo, muitas das vezes se fazia de uma espécie de terceiro zagueiro para liberar a subida de Carlos Alberto Torres pela direita. Enquanto isso, Rivelino recuava para fazer a ala esquerda. Ou seja, em algumas jogadas, como a do quarto gol da final contra a Itália, o Brasil atuava em um 3-4-3.

Outro ponto interessante daquela equipe dirigida por Zagallo era a mobilidade tática do plantel. Por ter craques improvisados, como Piazza na quarta zaga, e Tostão no comando do ataque, a seleção possuía uma facilidade em se retrair para defender e sair em contra-ataques ágeis e mortais. A capacidade física do time, aliada a uma técnica apuradíssima e ao auge da carreira de Pelé, então com 30 anos, fizeram desta uma das equipes mais fantásticas a vestir o manto sagrado verde e amarelo.

E você, amigo blogueiro? Concorda ou discorda da gente? A seleção de 1970 foi realmente a melhor do século XX?

Bem-vindo (ou seria bem vindo?)



Amigos blogueiros, sejam bem vindos ao blog Prancheta Tática. Nele, Cristiano Machado, Bruno Mendonça e Gabriel Mello debaterão junto a vocês, caros amigos, sobre a formação tática dos times dos quatro cantos do mundo, de diversas épocas e gerações.

Não buscamos em nosso blog discutir qual é o melhor ou pior time de um país, da atualidade, ou até mesmo da história. A nossa missão aqui é simplesmente mostrar como uma determinada equipe jogou, joga, ou até mesmo jogará, através de incontáveis mini pranchetas táticas que aqui serão postadas. 

Esperamos, de todo o coração, agradar o amante do futebol, e que ele possa encontrar aqui um refúgio e um local de discussão saudável e sadia. Que este blog seja um lugar onde os amantes desse esporte que encanta gerações possam ser uma única nação, sem diferenças ou intolerâncias.

Agora, coloquem os calções, calcem as chuteiras, e comecem o aquecimento, pois o show vai começar... e você vai fazer parte dele!